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Nesse espaço busco analisar a relação que se estabelece entre as organizações e a blogosfera. É realmente interessante agregar esse meio de comunicação à estratégia comunicacional das empresas? Como elas podem utilizar melhor os blogs para falar aos seus públicos-alvos? Além disso, pretendo postar aqui notícias, entrevistas e cases que possam servir de base para os interessados no assunto. E sugestões serão sempre bem-vindas.

Twitter, emplaca ou não emplaca?

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Participei do congresso PQN de Comunicação nesse fim de semana. Durante os dois dias do evento foram discutidas novas ferramentas de comunicação, para onde caminham as profissões dos comunicólogos e, claro, o impacto da tecnologia no fazer jornalismo.
Sobre esse último ponto, no último dia do evento perguntei ao especialista em jornalismo multimídia e coordenador do portal corporativo da TAM, André de Melo, como ele via a questão do uso dos blogs como ferramenta de marketing e comunicação por parte das empresas. Ele respondeu que via esse movimento com naturalidade, já que as organizações podem falar diretamente ao seu stankholder nesse meio de comunicação. E ressaltou que muitos dos blogueiros de primeira ordem, que se opõem a essa “invasão” da blogosfera por parte de blogs que não são diários pessoais (primeira geração dos blogs) estão migrando para o Twitter.
Procurei me informar sobre o crescimento desse blog de mini-blogs. E comprovei que ele cresceu, sim, mas de forma muito parecida com o Brasil, quase nada. De acordo com o Ibope//NetRatings, o serviço registrou um milhão de internautas brasileiros no ano todo. E isso devido em grande parte a uma campanha no Orkut, que levava usuários desapercebidos a perfis com links maliciosos.
E para não dizer que se trata de um fenômeno ‘que não colou’ apenas no Brasil, lancemos um olhar para os Estados Unidos. Entre os norte-americanos o Twitter ganhou cerca de 150 mil novos usuários por mês durante o ano. Ou seja, pouco mais de dois milhões de usuários freqüentes. O termo ‘pouco mais’ se justifica se levarmos em conta o universo de internautas ianques: 200 milhões. Um grão de areia no deserto!
E, para fechar, inseri a conclusão do próprio palestrante: “Mesmo no Twitter se pode selecionar qual tema me interessa. Posso perfeitamente escolher ler apenas posts de empresas, do mesmo modo que na blogosfera. Eu leio e comento o que quero, o que me interessa, apenas isso”.
Essa é a filosofia da blogosfera, que as empresas precisam ter consciência quando lançarem seus blogs: as pessoas só irão ler e comentar se lhes interessar. Interatividade, mas desde que me diga respeito.

1 comentários:

Ewerton Martins disse...

Esse lance que você falou do Twitter é interessante. Sempre tive a impressão que esse Twitter era novidade velha. Afinal, ele só oferece subtrações aos blogs tradicionais, ao meu ver. Pois, por que vou querer uma interface que só me permita postar xxx caracteres, se ela não me oferece nada mais em troca? Tá, o Twitter possibilita que a pessa poste do celular, no BlackBerry etc. Mas os posts normais também já permitem isso. Etnão não sei. Sempre tive essa sensação de que o Twitter não "pegou". Já entrei, olhei, sapiei umas várias vezes... e, depois, sempre deixei pra lá. Agora, depois de seu post, ao menos "deixo pra lá" mais de consciência limpa...